O Beijo Cinematográfico

Hoje comemora-se o dia Mundial do Beijo e no Mixtape celebramos o dia com um slideshow de posters de cinema que apresentam essa troca de afecto oscular. Não interessa o género: romântico, thriller, dramático, comédia ou terror, onde há um rapaz conhece rapariga, há um beijo, que amiúde marca um final feliz. No filme Cine Paradiso, Alfredo oferece a Toto uma bobine como todas as cenas de beijos cinematográficos que o padre da vila obrigou a cortar de largas dezenas de filmes. Emocionamo-nos ao constatar a ternura de tal gesto e o visionamento de um dos mais belos momentos de Cinema.

O que faz um beijo no cinema memorável? A paixão, o diálogo, a química entre as personagens, a sensualidade e erotismo que se concentram nesta meta de exortação emocional que arrepia o espectador. Aconselho a espreitarem o site da Revista L.A Times que apresenta 50 dos mais icónicos beijos no cinema . É muito interessante ver a forma como o acto de beijar no cinema se transformou e foi evoluindo. O primeiro beijo captado em ecrã aconteceu em 1896, um simples beijo repenicado no rosto que causou escândalo. Nos anos 30 as cenas de beijos eram cronometradas a apenas 3 segundos e foi a arrojada actriz Mae West que quebrou essa restrição. Desde aí, muito evoluiu mas continua a ser o momento alto de um filme.

Titanic, 100 anos depois

Há 100 anos, o Titanic embarcava do porto de Southampton, foi baptizado de “infundável” e cinco dias depois, o destino certificou-se que tal não era verdade. O centenário da viagem inaugural (e derradeira) do Titanic serve de pretexto para o relançamento do filme nas salas de cinema, cuja novidade é ser em 3D. O filme de James Cameron não é o único evento que regista a efeméride, o site da National Geographic reúne um conjunto de documentários e galerias que vale a pena explorar. O Mixtape apresenta um itinerário virtual do navio cujo nome é sinónimo de tragédia que ainda hoje nos fascina.

Titanic, o filme, re-estreia em 3D

Quando estreou em 1997, o filme de James Cameron passou de desgraça em potência para um fenómeno. Os intervenientes recordam esses tempos.

Lembro-me bem de toda a comoção e sensação de desastre ditada pelos media na pré-produção, lembro-me de não ligar nenhuma pois James Cameron não era exactamente o meu favorito. Lembro-me da promoção e ouvir o realizador insistir que era “uma história de amor” e que para mim o filme estaria na lista pois era fã de DiCaprio, embora assumisse que fosse um action movie desinteressante. Foi o visionamento do trailer no ecrã de cinema que me deu a certeza que seria um filme que ficaria na memória. Recordo-me igualmente de ver um artigo na Visão que reportava que idosos de 90 anos viram o filme, pessoas que foram ao cinema pela primeira vez para ver este filme e uma rapariga no México havia visto o filme 15 vezes. O navio Titanic afundou-se, o filme não. Este filme ganha vida num ecrã de cinema e transmite o que aconteceu no fatídico dia com tanta precisão, como nenhum outro.

Vídeos e galerias

Em 2008, o Mixtape testemunhou, em Lisboa a Experiência Titanic, uma extensiva exposição que recria os aposentos, sala e dia-a-dia do navio, incluindo duas centenas de objectos recuperados na carcaça do mítico navio. Em Março do presente ano foi inaugurado um mega museu Titanic Belfast , no mesmo local onde foi construído o navio, na Irlanda do Norte.

O site da National Geographic mostra uma galeria de imagens tiradas nos destroços e os pormenores que ainda conserva. Também podem ver online um documentário que incide sobre a descoberta dos destroços do navio em 1985 pela equipa liderada por Robert Ballard.

O padre Frank Browne foi o último a fotografar o navio, os seus tripulantes e passageiros. Chegou a embarcar no navio, mas saiu no único porto de paragem, Cobh, até ao destino final em Nova Iorque. Sorte que se estenderia à sua integridade física e a herança fotográfica do Titanic.